sábado, 29 de outubro de 2011

Treco no nariz!!

Pensando em como iniciar este texto me vem à lembrança um filme, muito bonitinho, que adoro assistir. Chama-se "Espirito do Mal". Um homem tem um filho que nasce com o espirito de uma pessoa que o odeia, ao perceber que a maior dor do seu pai seria o seu sofrimento, o filho ainda bebe começa a correr todos os riscos de acidentes possiveis para que seu pai (seu inimigo de outra vida) sofra muito. É um filme muito engraçado. E parece que todas as crianças nascem assim, querendo deixar suas mães maluquinhas de tanto susto.
Hoje foi um dia de sufoco na minha vida. Contarei tudo. Ontem a noite, eu e minha mãe, notamos que minha filha respirava com um pouco de dificuldade. Achando que se tratava de uma melequinha um tanto quanto grande, rapidamente pegamos o soro fisiológico e o cotonete e começamos a tentar tirar; Obviamente a tal "meleca" não saiu. Hoje de manhã resolvi olhar melhor e achei algo estranho, preto, que me pareceu um giz de cera. Até então eu estava tranquila, achando que um médico com uma pinça adequada poderia resolver nosso problema com poucas lágrimas.
Fomos para a emergência do hospital onde temos o plano de saúde, um médico estrangeiro, que nem sabia o que era giz de cera, nos encaminhou para outro hospital, pois onde estavamos não tinha o material necessário para fazer o procedimento. Chegamos no segundo hospital, consultamos com o otorrino, e então veio a agoniante noticia de que minha filha precisaria ser sedada para então o objeto ser retirado. Em seguida uma mulher nos fala em anestesia geral. O que?? Anestesia geral é muito arriscado para um bebê. Fomos a mais dois hospitais, até que resolvemos voltar ao primeiro e pedir a opnião de um novo médico. Não tinha jeito. Ela teria que ser sedada, e para isso teria que ficar oito horas em jejum.
Para nao desitratar fomos para a enfermaria e ela tomaria glicose na veia. Achei que seria melhor a minha mãe entrar com ela, mas fiquei na porta. Grito! Choro! Ai meu coração. Fiquei esperando ela sair. Grito! Choro! Grito! Droga, a menina nao acertou a veia. Esperei. E mais grito! Mais choro! Chamaram outra pessoa. Falei para o enfermeiro chamar alguém experiente. Minha mãe me acalmou. Até que por fim, depois de quatro picadas, acharam a veia. Fiquei lá com ela uma hora e alguma coisa, depois minha mãe voltou e fui para casa tomar banho e comer algo (eu estava de jejum também e já eram umas 17h) pois a noite seria longa.
Recebi vários telefonemas da minha mãe me informando de cada passo. Em um deles ela me disse que o caninho do soro estava dobrado, ou seja, minha filha nao tava recebendo nada. Menos de cinco minutos depois ela me liga e diz que estavam indo para o outro hospital para dar inicio ao procedimento. Que raiva, quatro furos, tanto choro, tanto grito e minha filha nao tomou nada da porcaria da glicose.
Eu ja estava a caminho quando recebo o ultimo telefonema: "Você não vai acreditar! A médica conseguiu tirar o objeto com uma pinça, estamos liberadas." Claro que eu fiquei feliz demais por nao precisar dar anestesia na minha princesa. Por outro lado fiquei furiosa, pois minha filha passou fome. Minha filha foi furada, judiada pra nem tomar o bendito soro com a glicose, e no fim o problema poderia ter sido resolvido ha muito tempo.
Chorei muito, fiquei assustada. Contando, calma, ela dormindo feito anjo aqui do meu lado, a história parece muito banal e é. Na verdade pensei o tempo inteiro na nossa amiga Carol, no quanto ela sofreu e sofre ainda com sua anjinha Ana Luiza. E quantas mães que sofrem, meu Deus! Quase morri ao ver minha filha pedir "xuco" e "mamá", sabendo que eu nao poderia dar, imagina as mães que não tem pra dar...
Foi um susto!! Pois se o tal objeto fosse pro pulmão seria morte na certa. Mas passou. É minhas amigas, não ter o pai dessas criaturinhas por perto não é o maior dos nossos problemas. Ááá, eu já contei da vez que a minha filha engoliu sabão em pó?

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Start!

Faz bastante tempo que venho pensando em criar um blog, mas a inspiração nunca vinha. Hoje, assim de repente, eis que surge uma vontade incontrolável de escrever, como nos velhos tempos. Liguei o notbook, sentei num colchão no quarto de brinquedos, e, ao som de Xuxa Só Para Baixinhos 4 comecei a escrever. Bem, faz mais de três horas e só cheguei até a quarta a linha deste texto. Nesse tempo já parei pra dar mamadeira, já parei pra dar banho, água, já desci e dei umas quatro voltas dentro do condomínio na esperança de minha gorda dormir e claro que ela nao dormiu, já chequei a temperatura, pois ela está com muita tosse e dor de ouvido, já ganhei beijo de graça, já quase infartei com um quase tombo feio e nesse minuto acabo de engolir um pão de queijo babado. Parece complicado né?! Mas é pior ainda!
Não quero ensinar ninguém receita de papinha, tipos de choro e nem conduta correta. Quero apenas dividir minhas experiências e pensamentos de uma forma divertida e sadia.
Ser mãe já é difícil normalmente, solteira então... Não tem como fugir das complicações dessa nova condição: preconceito, dúvidas, dificuldades. Mas não é o fim do mundo, sempre tem um jeito de levar de uma forma mais leve. Não existe um manual de instruções, existe o tal do "instindo materno" que tem uma exatidão impressionante. Enfim, ser mãe é viver num mundo tão fantástico e tao desesperador que nenhuma experiência é tão complexa quanto essa.
Quando descobri que estava grávida, minhas primeiras palavras foram "meu Deus, que venha com saúde". Mesmo que não viesse assim saudável seria amada da mesma forma. Quando eu estava com dois meses de gravidez, o pai da minha filha "descobriu" o amor da vida dele, com quem se casou quase um ano depois, e pra piorar, além de mim, deixou outra grávida chorando. Eu tinha 21 anos e nao era tão apaixonada por ele, minha decepção foi por ter sido abandonada num momento tão delicado. Pouco falarei dele, pois definitivamente ele não é o foco das minhas idéias.
Apesar de todos os choros, máguas e decepções, hoje minha filha tem 1 ano e 8 meses e é extremamente amada por todos. E linda demais, hoje mesmo fomos receber um premio de um concurso que ela venceu com mais de mil votos (uma história que vale a pena contar mais tarde).
Crio minha filha com o total apoio de minha mãe. Ainda estou sem emprego, apenas estudando em casa para concursos e vestibulares, e ainda nao passei porque somente agora estou conseguindo ter tempo para me dedicar mais profundamente. Não tenho namorado há mais de dois anos, o que não me entristece, e sim me fortalece, pois pude refletir muito sobre o assunto e observar também, tenho certeza que nao teria aprendido tando se não estivesse sozinha.
Esse foi um pequeno resumo sobre mim. São muitos os assuntos para discutirmos. Mal posso esperar para levar adiante essa nova atividade na minha vida.
Muito prazer, até breve!
Beijinhos!