Outro dia assisti um video de um menino fazendo uma pirâmide, nem sei o que era, eram umas peças. A pirâmide era maior que ele. Ele montava com todo cuidado do mundo. De repente, uma peça no meio dela, provavelmente menos de 1mm mal colocada, se soltou e toda a obra do garoto foi pro chão em um pouco mais de 3 segundos. O video tornou-se viral. Mas se ele tivesse conseguido concluir (como deve ter feito em outra tentativa) poucos se interessariam. O ser humano é desse jeito, gosta mesmo é de ver a coisa toda desmoronando, aposto que enquanto ele montava, muitos esperavam ansiosos por esse momento, muitos avisaram que não daria certo... Assim acontece pra tudo.
Hoje teve reunião escolar na escola da Leona. A pérola do dia foi da diretora "piolhos transmitem HIV!!" Bem, depois desse susto, fui ler o parecer bimestral. Tudo normal. A Leona passou por um período de instabilidade emocional, alunos novos entraram na turma, professora se descontrolou e Leona se assustou, não quis mais ir pra escola durante quase um mês. Também estamos passando por mudanças em casa, estou tentando a Educação Positiva. Apesar das mudanças serem pra melhor, sempre causa uma certa confusão inicial e tem um período de adaptação. Também teve a inclusão de um novo membro na família, meu namoradoquasenoivoembrevemarido. O fato é que ela estava diferente, mas passou, ela está melhor do que antes. Fui conversar com a professora que já sabia da estrutura familiar em que ela tem. Sabe o que ela disse?? "Mãezinha, fica de olho nela, nessa instabilidade emocional. Pela condição dela vez ou outra ela vai surtar um pouco." Ok, até aí tudo bem, ela presenciou uma mudança de comportamento recente. Amigavelmente eu respondi "Por ela não ter pai, professora? Ah tah, mas está tranquilo... esses dias foram muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. Quanto ao pai dela, ela é muito bem resolvida. Ela sabe que tem pai, sabe quem é, pra ela basta, é impressionante!" Ela insistiu "Mas, mãe, ela sabe, mas uma hora ela vai apresentar problemas." Eu ainda paciente também insisti "Não acho, professora! Ela vai fazer muitas perguntas, disso eu sei.. mas com tudo que aconteceu, depois que se intrometeram na vida particular dela, passamos a falar abertamente sobre o assunto. Eu estou surpresa, eu não sabia que ela era tão bem resolvida com a história de vida dela. Ela não tem carência masculina. Ainda que aceite ter mais de um pai, ela sabe bem quem é o dela" (diga-se de passagem, mérito nenhum do Doador, é a maturidade pura e exclusiva dela)... Mas a professora insistiu "Mas ela ainda vai apresentar desequilíbrio emocional e carência masculina!" Eu..... "Duvido, professora, até lá, a presença de uma figura paterna já vai estar bem definida na cabecinha dela. Apenas aguardo as perguntas, não acho que ela vai dar 'problema'!" "Mãe, a gente já teve alunos sem pai, sempre dão problema!!" Foi aí que eu preferi não discutir mais... Porque ela deveria apresentar um desequilíbrio emocional?? Será possível que eu não posso tratar do assunto com ela de forma saudável? De forma que ela não tenha tantas dúvidas assim? Será que eu posso ensinar pra minha filha que existe inúmeras formas diferentes de organização familiar? Será que ela pode entender isso de forma madura sem que apresente problemas? Será que é errado acertar??
Entendo que a intenção dela foi boa, mas estava insistindo muito para a pirâmide de peças desmoronar... Poxa... Mas NÃO VAI!!!!!!
na verdade, o que voce nao esta percebendo é que ignorar e discutir com a professora que ela nao vai sentir falta da presença do pai, so fara com que mesmo que isso aconteça...voce ignore. Entao eé melhor estar preparada para tal que discutir com uma profissional da area, afinal ela se preparou tanto e voce paga os serviços dela para ela educar sua filha, voce criticar e bater de frente não fará diferente e ´ate imaturo. Por mais que voce supra tudo na vida dela, e ela n sinta falta hj, existem transtornos que virão com tempo, voce mesma deve ter transtornos que nem percebe e todos advem da infancia. Conheç inumeros casos de pessoas problematicas, carentes, que nao conseguem se firmar num relacionamento, e nao sabem a causa disso, e quando vao investigar a fundo, descobrem que essa carencia e insegurança vem da ausencia do pai, ou a presença paterna que nunca teve... apesar de nao falar ou perceber, todos temos disturbios e isso que ela queria lhe passar. Um dia ela ira lhe questionar pq nao tem o pai presente. E o maior cuidado no caso é para que seu noivofuturomarido nao vire a figura paterna, e ao terminarem ela nao fique mais confusa ainda. Voce é jovem e deve ficar atenta que suas decisoes envolvem permanentemente sua filha.
ResponderExcluirEm primeiro lugar, sei muito bem o princípio dos meus problemas e distúrbios. Sou o tipo de pessoa que olha, sim, para a própria vida antes de falar da vida do outro. Na verdade eu não discuti com ela, não bati de frente, não foi uma briga foi uma conversa onde ela insistiu no que dizia e eu insisti na minha opinião. Eu não ignoro nenhum detalhe do comportamento da minha filha. Qualquer coisa relacionada ao assunto eu estou a postos pra resolver. O que o post fala, é que, assim como você também, pessoas insistem que a coisa vai dar errada de qualquer forma. Claro que ela vai questionar, e terá as respostas verdadeiras, a forma como vou responder vai depender da maturidade dela, mas sempre ela saberá da verdade. Claro que também algo disso tudo vai influenciar na personalidade dela, mas não pode ser de forma positiva?? Ou precisa ser necessariamente um drama?? Isso que eu não concordo. E sim, sou jovem, por ser jovem sei que tenho muito que aprender ainda e consequentemente tenho uma busca constante por informação, o que faz de mim uma pessoa informada e jamais seria ignorante ao ponto de não saber que minhas decisões envolvem minha filha. Só não entendo porque todos ficam na espera da casa cair quando está tudo indo tão bem. Como eu disse, a instabilidade emocional dela foi causada pela instabilidade momentânea da professora que teve que lidar com dois alunos novos e agitados, a bronca que ela dava nos meninos fez minha filha não querer ir mais pra escola. Com muito cuidado e delicadeza, eu, professoras e minha filha resolvemos o assunto e tudo voltou ao normal. O que me deixa mais triste é saber que se alguma coisa der errado o povo enche o peito e diz logo "Ta vendo? Eu sabia que ia dar errado!! Eu avisei!! Eu previ!!" E só isso, não se sensibilizam, apenas ficam satisfeitos por terem acertado a previsão. Mas eu vou continuar como estou, e a pirâmide não vai cair no que depender de mim.
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