segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Independência ou fralda!!!

Ontem fiz a prova do concurso do TRT. Estava horrorosa a prova, dificílima. Saí com a sensação de que não foi dessa vez. Vou continuar estudando, com um pequeno alívio de que nem tudo está perdido, pois continuo aguardando a convocação do outro concurso. Mas eu queria este, porque o salario do outro só servirá para a escola da minha gordinha, não sobrará nada. Estou com aquela sensação de que vai demorar um pouco mais para eu conquistar a tão sonhada independência.

Estava aqui lendo outros blogs de mães solteiras, admirando-as por cuidarem sozinhas de seus bebês. Acho que o preconceito me atinge com um pequeno ponto agravante: dependo de minha mãe. Ser mãe solteira tem lá sua beleza. Mãe já é guerreira pelo simples fato de ser mãe, mas mãe solteira batalha por dois. Para os mais sensíveis, como Tom Zé, a condição de mãe solteira chega a ser inspiradora.

Eu me sinto mais do que mãe solteira, me sinto uma mãe adolescente. Não deveria ser assim, ja estou quase nos 24, sou nova, mas não tanto. O Doador (assim que minha mãe apelidou o pai da minha filha) não faz falta nenhuma, mas dinheiro faz muita falta. Minha filha vai fazer 2 anos e eu nunca trabalhei fora desde que fiquei grávida. Não por preguiça, mas porque aqui em manaus as creches são muito caras, não achamos nada ideal por menos de mil reais, não valia a pena.

 Eu tinha o desejo de cria-la 24h por dia nos primeiros 2 anos, uma opnião pessoal. Entendo que para mães como nós isso é praticamente impossível. É aí que meu drama vira uma dádiva. Graças ao bom Deus eu tenho minha mãe, que apesar das brigas feias, me apoiou e jamais me cobrou o fato de eu não trabalhar. Sempre esteve ao meu lado, lógico que me questionando quando isso iria acontecer, mas sempre visando o nosso bem. Enfim, meu prazo terminou.

Cheguei a conclusão de que a única solução seria concurso público, pois não concluí nenhuma das faculdades que comecei. Qualquer outro emprego não daria a renda necessária nem para manter minha filha em uma escola boa.

Primeira meta: passar num concurso maravilhoso, nivel médio
Segunda meta: fazer faculdade de direito
Terceira meta: novo concurso, nivel superior

No dia que estabeleci essas metas passei a me sentir um pouco menos vazia, no sentindo de dar um rumo a minha vida. Antes eu não via caminho nenhum, agora já estou percorrendo o caminho certo.
Olho pra traz e vejo que não perdi tempo nenhum, percebi que esses dois anos me dedicando exclusivamente para minha filha, foi um presente Divino, intermediado pelo meu anjo em terra, minha mãe. Consigo perceber que tudo se encaixa. Tinha que ser assim.

Por isso, digo à todas as mamães solteiras como eu, calma que tudo se encaixa, o importande é manter o foco: O que está sob meu controle neste momento? Mantendo a calma e tendo sabedoria para responder esta pergunta, o que pode dar errado?

Aaa o Doador nessa história toda? Foi apenas o doador, não tem servido pra mais nada.

4 comentários:

  1. Eu sei q sou suspeita pra falar algo, pq msm longe sempre acreditei na super pessoa, amiga, mulher, mãe que vc é, agora vc entra numa fase nova de sua vida em busca de ser uma super profissional, tenho certeza q ira arrasar.

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    1. É verdade que é suspeita, mas também é uma das pessoas mais capacitadas a falar de minha pessoa. Então não tenha medo de fazer criticas pesadas a meu respeito, de você eu aceito caladinha hahahahahahaha. Você sabe né que é tudinho reciproco. Obrigada pelo apoio, Ste. Saudades. Beijinho!!!

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  2. Estamos no mesmo barco amiga..boa sorte.

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    1. Oi, Caroline! Agora que li seu comentário. Pois é, e vamo que vamo que dá... na batalha rsrsrsrsrrsrs obrigada, beijo

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