domingo, 15 de janeiro de 2012

Indignada!!!!

Estava lendo um post muito bom no blog www.gravidasolteira.com.br, sobre o album incompleto nas datas festivas. Fiquei muito chateada com o preconceito das pessoas:

"Dizer que o filho é só seu é um pouco egoísta"
"Estão vangloriando o fato de cuidarem sozinhas"
"Implicancia com os pais"
"A mãe do filho do meu namorado não faz o menor esforço para o bebe vir nos visitar"

Me poupe, vai!! A sociedade é muito machista, além de os fdp fazerem o filho e correrem, ainda somos chamadas de egoístas... Bom senso é uma coisa, não precisamos sair contando toda a verdade nua e crua pra criança. Mas também não vou ficar dizendo pra minha filha que o pai dela é o melhor do mundo se ele não faz o minimo esforço nem para ser um pai razoável, diz que "a filha é muito bem cuidada pela mãe e pela avó, não precisa dele". Realmente isso é a mais pura verdade, mas ele vai explicar isso pra ela? Lógico que não!! Porque vai ser pra mim que ela vai perguntar onde está o pai.

É obvio que eu queria que minha filha tivesse o melhor pai do mundo, mas se ele não quer ser o que eu posso fazer?? Não tenho feridas pelo que ele me fez, afinal ele realmente não me fez nada.. O que me dói é o que ele não fez pela nossa filha. Foi conhece-la quando ela ja tinha 1 ano e 5 meses, e porque eu me dispus a ir até lá, ele não fez a menor questão de vir até aqui. Pergunta pra mim quantas vezes ele ligou depois que estivemos na casa dele. Nenhuma, falou umas 3 vezes com ela pela web e depois nunca mais.

Fico muito triste em ver algumas mulheres machistas, porque elas nos julgam apenas até serem largadas grávidas também... não desejo isso pra ninguém.

Revolta relatada. Quero encerrar dizendo que apesar disso estou muito feliz em ter minha gordinha, se ela tiver que ter um pai legal ela vai ter o dia que Deus colocar um na nossa vida, senão vamos continuar felizes sendo o trio de guerreiras, eu, ela e minha mãe.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Independência ou fralda!!!

Ontem fiz a prova do concurso do TRT. Estava horrorosa a prova, dificílima. Saí com a sensação de que não foi dessa vez. Vou continuar estudando, com um pequeno alívio de que nem tudo está perdido, pois continuo aguardando a convocação do outro concurso. Mas eu queria este, porque o salario do outro só servirá para a escola da minha gordinha, não sobrará nada. Estou com aquela sensação de que vai demorar um pouco mais para eu conquistar a tão sonhada independência.

Estava aqui lendo outros blogs de mães solteiras, admirando-as por cuidarem sozinhas de seus bebês. Acho que o preconceito me atinge com um pequeno ponto agravante: dependo de minha mãe. Ser mãe solteira tem lá sua beleza. Mãe já é guerreira pelo simples fato de ser mãe, mas mãe solteira batalha por dois. Para os mais sensíveis, como Tom Zé, a condição de mãe solteira chega a ser inspiradora.

Eu me sinto mais do que mãe solteira, me sinto uma mãe adolescente. Não deveria ser assim, ja estou quase nos 24, sou nova, mas não tanto. O Doador (assim que minha mãe apelidou o pai da minha filha) não faz falta nenhuma, mas dinheiro faz muita falta. Minha filha vai fazer 2 anos e eu nunca trabalhei fora desde que fiquei grávida. Não por preguiça, mas porque aqui em manaus as creches são muito caras, não achamos nada ideal por menos de mil reais, não valia a pena.

 Eu tinha o desejo de cria-la 24h por dia nos primeiros 2 anos, uma opnião pessoal. Entendo que para mães como nós isso é praticamente impossível. É aí que meu drama vira uma dádiva. Graças ao bom Deus eu tenho minha mãe, que apesar das brigas feias, me apoiou e jamais me cobrou o fato de eu não trabalhar. Sempre esteve ao meu lado, lógico que me questionando quando isso iria acontecer, mas sempre visando o nosso bem. Enfim, meu prazo terminou.

Cheguei a conclusão de que a única solução seria concurso público, pois não concluí nenhuma das faculdades que comecei. Qualquer outro emprego não daria a renda necessária nem para manter minha filha em uma escola boa.

Primeira meta: passar num concurso maravilhoso, nivel médio
Segunda meta: fazer faculdade de direito
Terceira meta: novo concurso, nivel superior

No dia que estabeleci essas metas passei a me sentir um pouco menos vazia, no sentindo de dar um rumo a minha vida. Antes eu não via caminho nenhum, agora já estou percorrendo o caminho certo.
Olho pra traz e vejo que não perdi tempo nenhum, percebi que esses dois anos me dedicando exclusivamente para minha filha, foi um presente Divino, intermediado pelo meu anjo em terra, minha mãe. Consigo perceber que tudo se encaixa. Tinha que ser assim.

Por isso, digo à todas as mamães solteiras como eu, calma que tudo se encaixa, o importande é manter o foco: O que está sob meu controle neste momento? Mantendo a calma e tendo sabedoria para responder esta pergunta, o que pode dar errado?

Aaa o Doador nessa história toda? Foi apenas o doador, não tem servido pra mais nada.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Nem tudo são flores...

O ano começou e parece que dei um passo pra trás. Fugindo um pouco do assunto devo de dizer que, infelizmente, aqui em manaus temos um grave problema com empregadas domésticas: ou elas fazem o que querem, ou simplismente vão embora... A última, conhecida nossa ha anos, na primeira vez que foi chamada atenção por faltar pelo menos uma vez por semana e chegar todos os dias depois das 10h, repito na primeira vez que foi chamada a atenção ela disse que tinha compromissos e se não fosse assim então melhor ir embora. E aí sobra pra quem?? Pra mim, lógico, tenho mais que a obrigação de cuidar da casa ja que moro aqui e nao ajudo com nenhum centavo.
Não é um bicho de sete cabeças, um apartamento normal, com bagunças normais de uma casa com criança... mas estou aqui criando coragem de continuar as tarefas, sentindo uma necessidade incontrolável de compartilhar esse desconfortável sentimento que toma conta de mim. A Leona Valentina acaba de dormir, e começo a fazer as coisas pensando que tenho muita coisa pra estudar pois minha prova é domingo, pensando que se não estiver arrumado ate a hora de minha voltar vai ter briga feia. Fico triste, pois é trabalho chato, desvalorizado por quem não te ve trabalhando e nao vai me levar a lugar nenhum... Quem é dona de casa sabe bem do que estou falando.
Mas graças a Deus é passageiro, só esse mês e termina, logo estarei trabalhando fora e esse sentimento vai passar.
Tenho certeza que muitas mães solteiras também se sentem frustradas por não ter a independência necessária para fazer tudo "do seu jeito", aquele sentimento horroroso de culpa que se mistura com gratidão, aquela vontade de dizer "eu pago as minhas contas e sustendo meu bebe". Sabemos muito muito bem que sem a pessoa que nos ajuda (na grande maioria das vezes nossa mãe) estariamos completamente perdidas, reconhecemos e somos, sim, muitíssimo gratas, mas com uma pitada de culpa temos um forte desejo de que essa dependência acabe logo, e que possamos voltar pro calor do colo da mamãe simplesmente porque sentimos falta, por puro amor, nenhum outro motivo.
Bem, desabafo feito, a casa me espera, vou ligar uma musiquinha e recomeçar.

Beijos