terça-feira, 29 de outubro de 2013

A filhA perfeita!! Parte 1

Sou mãe solteira! Tenho uma filhA! Não sei se casando esse status de mãe solteira muda, nem quero saber, o fato é que eu tive minha filha sozinha (quem me dera eu tivesse feito sozinha também). Sinceramente, em nenhum momento eu senti falta de um homem pra me ajudar no dia a dia. Talvez eu até tenha sentido essa falta, mas não demorei a me conformar, bastou ouvir os relatos de minhas amigas casadas: "Ele não ajuda em nada, até atrapalha!; Ele não sabe trocar uma fralda.; Só eu que levanto a noite, o bonito fica dormindo." Ter um homem em casa só pra eu constatar como ele trabalha menos que eu? Não, eu não queria isso. Mas o meu lado mulher era, sim, carente e sonhador. Claro que eu sonhava em conhecer alguém que amasse minha filha, que me amasse, que proporcionasse estabilidade na nossa vida. Mas verdade seja dita, isso é um bônus (há quem diga que nem isso), não uma necessidade.

Vamos lá, hoje o post mistura o machismo, feminismo e o desafio de criar meninas (sobre criar meninos eu ainda não tenho uma opinião formada, pois não tenho um filhO).

Outro dia eu concordei que as feministas andavam muito... digamos... chatinhas. Eu achei, acho ainda, algumas coisas um pouco absurdas, algumas frases levantadas em cartaz, na Marcha das Vadias, um tanto quanto sem sentido e irritantes. Mas como eu sempre gosto de ler e pesquisar antes de falar, eu descobri que alguns pontos, defendidos por elas, fazem muito sentido. Logo comecei a pensar na maneira como crio a minha filha e, claro, lembrar de como meus próprios pensamentos eram quando eu era criança. Como os pontos são muitos e são complexos, vou dar minha opinião em partes. São elas: Feminilidade; Brinquedos de menina x menino; Romance; Cultura do estupro; Liberdade x Precaução; O homem no meio disso tudo.

Apenas quero expor a minha opinião. Sinto a necessidade de escrever sobre o assunto, até mesmo pra organizar meus pensamentos. Não quero que minha filha cresça sentindo que só será completa se tiver um homem do seu lado. Ao mesmo tempo não quero que desvalorize o casamento. Quero que ela seja feminina e ela gosta de ser, mas não quero que seja escrava da ditadura da beleza. Quero que ela se sinta a vontade sendo linda como ela é, mas não quero que se sinta na obrigação de levantar uma bandeira a todo momento pra se reafirmar bela, isso se ela fugir dos padrões de beleza impostos, porque se ela se encaixar também não quero que se sinta superior a ninguém, muito menos culpada por ser "bonita demais". Quero que seja inteligente (já é) e estudiosa, que faça uma faculdade (ou mais), que goste de estudar ou pelo menos seja responsável o suficiente pra estudar quando precisa, mas que saiba cuidar da sua própria casa e se virar sozinha. Quero que seja livre, mas que saiba o limite entre liberdade e exposição desnecessária.

Como chegar a esse equilíbrio?? É sobre isso que quero refletir nos próximos posts!!

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